Das cores vem o acerto.

Um dia me presentearam com uma tela em branco, das cores que comprei poucas me serviram de um arco-íris. Até que um estojo de cores novas foi parar em frente a minha porta, junto das ideias que me passaram tão rápido pela cabeça. Uma tela foi pouco para tanta imaginação que tive em mãos. A cada cor usada um carinho deslizava as pontas dos meus pincéis na tela, a cada tremida o medo de errar seguia a minha nobre vontade de acertar e um borrão ao finalizar foi o suficiente para me fazer querer desenhar novamente. Eu acredito que quero a perfeição daquilo que eu mesma estou fazendo, um colorido que talvez me salve daquilo que eu tento fugir e não consigo. Nesse momento só me resta o carinho com que deslizo o meu pincel sobre uma tela nova, tão nova que o branco ofusca o meu olhar, tenho pressa em mudar isso, mas sei que no fim um novo borrão estará la pra me fazer errar de novo, como também sei que a minha força de vontade em acertar esta a espera de finalmente conseguir pintar o quadro que eu sempre quis terminar. O que sobra é pintar ate saber, chegar em meio da pintura sem ter medo do fim, porque sei que se eu quiser na falta de um giz, farei do tijolo algo que cobre tudo e no fim das contas eu terei um final feliz.